No século XIII foi estabelecido o mais terrível de todos os estratagemas do papado – a inquisição.
O príncipe das trevas trabalhava com os dirigentes da hierarquia papal.
Em seus concílios secretos, Satanás e seus anjos dirigiam a mente de homens maus, enquanto, invisível entre eles, estava um anjo de Deus, fazendo o tremendo relatório de seus iníquos decretos e escrevendo a história de ações por demais horrorosas para serem desvendadas ao olhar humano.
“A grande Babilônia” estava “embriagada do sangue dos santos” (Apocalipse 17: 5, 6). Os corpos mutilados de milhões de mártires pediam vingança a Deus contra o poder apóstata.
O papado se tornou o déspota do mundo. Reis e imperadores curvavam-se aos decretos do pontífice romano. O destino dos homens, tanto temporal como eterno, parecia estar sob seu domínio. Durante séculos as doutrinas de Roma tinham sido extensa e implicitamente recebidas, seus ritos reverentemente praticados, suas festas geralmente observadas. Seu clero era honrado e liberalmente mantido. Nunca a Igreja de Roma atingiu maior dignidade, magnificência ou poder.
Mas “o meio-dia do papado foi a meia-noite do mundo” (Wylie, História do Protestantismo, livro 1, cap. 4).
As Sagradas Escrituras eram quase desconhecidas, não somente pelo povo mas pelos sacerdotes.
Como os fariseus de outrora, os dirigentes papais odiavam a luz que revelaria os seus pecados. Removida a lei de Deus – a norma de justiça – exerciam eles poder sem limites e praticavam os vícios sem restrições.
Prevaleciam a fraude, a avareza, a libertinagem. Os homens não recuavam de crime algum pelo qual pudessem adquirir riqueza ou posição.
Os palácios dos papas e prelados eram cenários da mais vil devassidão. Alguns dos pontífices reinantes eram acusados de crimes tão revoltantes que os governadores seculares se esforçavam por depor esses dignitários da igreja como monstros demasiado vis para serem tolerados.
Durante séculos a Europa não fez progresso no saber, nas artes ou na civilização. Uma paralisia moral e intelectual caíra sobre a cristandade.
A condição do mundo sob o poder romano apresentava o cumprimento terrível e surpreendente das palavras do profeta Oséias:
“O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei, … visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos” (Oséias 4: 6). “Não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus na Terra. Só prevalecem o perjurar, e o mentir, e o matar, e o furtar, e o adulterar, e há homicídios sobre homicídios” Oséias 4: 1 e 2.
Foram estes os resultados do banimento da Palavra de Deus.