Os séculos que se seguiram testemunharam aumento constante de erros nas doutrinas emanadas de Roma.
Mesmo antes do estabelecimento do papado, os ensinos dos filósofos pagãos haviam recebido atenção e exercido influência na igreja. Muitos que se diziam conversos ainda se apegavam aos dogmas de sua filosofia pagã, e não somente continuaram no estudo desta, mas encareciam-no a outros como meio de estenderem sua influência entre os pagãos.
Erros graves foram assim introduzidos na fé cristã.
Destaca-se entre outros o da crença na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte. Esta doutrina lançou o fundamento sobre o qual Roma estabeleceu a invocação dos santos e a adoração da Virgem Maria.
Disto também proveio a heresia do tormento eterno para os que morrem impenitentes, a qual logo de início se incorporara à fé papal. ¹
Achava-se então preparado o caminho para a introdução de ainda outra invenção do paganismo, a que Roma intitulou purgatório e empregou para amedrontar as multidões crédulas e supersticiosas.
Achava-se então preparado o caminho para a introdução de ainda outra invenção do paganismo, a que Roma intitulou purgatório e empregou para amedrontar as multidões crédulas e supersticiosas.
Com esta heresia afirma-se a existência de um lugar de tormento, no qual as almas dos que não mereceram condenação eterna devem sofrer castigo por seus pecados, e do qual, quando libertas da impureza, são admitidas no Céu. ²
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¹ Para uma exposição do ensino bíblico sobre este tema, veja meu blog EL DESTINO DEL HOMBRE.
² PURGATÓRIO - O Dr. José Faa Di Bruno assim define o purgatório: "O purgatório é um estado de sofrimento depois desta vida, no qual são detidas por algum tempo as almas que partem desta vida depois que seus pecados mortais foram perdoados quanto à mancha e culpa, e quanto à pena eterna que lhes era devida, mas que têm por causa daqueles pecados ainda alguma dívida de castigo temporal a pagar; bem assim as almas que deixam este mundo culpadas apenas de pecados veniais." - Catholic Belief, pág. 196 (edição de 1884, imprimatur do arcebispo de Nova Iorque).
Ver também K.R. Hagenbach, Compendium of the Histories Doctrines, T. and T. Clark, ed., Vol. 1, págs. 234-237, 405 e 408; vol. II, págs 135-150, 308 e 309; Chas. Elliot, Delineation of Roman Catholicism, tomo II, cap. 12. Catholic Encyclopedia, art. "purgatory".