EL DIOS QUE YO CONOZCO

En el juicio final,

los hombres no serán condenados porque creyeron concienzudamente una mentira, sino porque no creyeron la verdad, porque descuidaron la oportunidad de aprender la verdad. No obstante los sofismas con que Satanás trata de establecer lo contrario, siempre es desastroso desobedecer a Dios. Debemos aplicar nuestros corazones a buscar la verdad. Todas las lecciones que Dios mandó registrar en su Palabra son para nuestra advertencia e instrucción. Fueron escritas para salvarnos del engaño. El descuidarlas nos traerá la ruina. Podemos estar seguros de que todo lo que contradiga la Palabra de Dios procede de Satanás.

31.11. “Icabode!” – foi-se a glória

Tito, de boa vontade, teria posto termo à terrível cena, poupando assim a Jerusalém da medida completa de sua condenação. Ele se enchia de terror ao ver os corpos jazendo aos montes nos vales. Como alguém que estivesse em êxtase, olhava ele do cimo do Monte das Oliveiras ao templo magnificente, e deu ordem para que nenhuma de suas pedras fosse tocada. Antes de tentar ganhar posse desta fortaleza, fez ardente apelo aos chefes judeus para não o forçarem a profanar com sangue o lugar sagrado. Se saíssem e combatessem em outro local, nenhum romano violaria a santidade do templo. O próprio Josefo, com apelo eloqüentíssimo, suplicou que se rendessem, para se salvarem a si, a sua cidade e seu lugar de culto. Suas palavras, porém, foram respondidas com pragas amargas. Lançaram-se dardos contra ele, que era seu último mediador humano, enquanto persistia em instar com eles. Os judeus haviam rejeitado os rogos do Filho de Deus e agora as advertências e rogos apenas os tornavam mais decididos a resistir até o último ponto. Nulos foram os esforços de Tito para salvar o templo; Alguém, maior do que ele, declarara que não ficaria pedra sobre pedra.

A cega obstinação dos chefes dos judeus e os abomináveis crimes perpetrados dentro da cidade sitiada, excitaram o horror e a indignação dos romanos, e Tito finalmente se decidiu a tomar o templo de assalto. Resolveu, contudo, que, sendo possível, deveria o mesmo ser salvo da destruição. Mas suas ordens foram desatendidas. Depois que ele se retirara para a sua tenda à noite, os judeus, saindo repentinamente do templo, atacaram fora os soldados. Na luta, um soldado arremessou um facho através de uma abertura no pórtico, e imediatamente as salas revestidas de cedro, em redor da casa sagrada, se acharam em chamas.

Tito precipitou-se para o local, seguido de seus generais e legionários, e ordenou aos soldados que apagassem as labaredas. Suas palavras não foram atendidas. Em sua fúria, os soldados lançaram tochas ardentes nas salas contíguas ao templo, e com a espada assassinavam em grande número os que ali tinham procurado refúgio. O sangue corria como água pelas escadas do templo abaixo. Milhares e milhares de judeus pereceram. Acima do ruído da batalha, ouviam-se vozes bradando: “Icabode!” – foi-se a glória.

Tito achou impossível sustar a fúria da soldadesca; entrou com seus oficiais e examinou o interior do edifício sagrado. O esplendor encheu-os de admiração; e, como as chamas não houvessem ainda penetrado no lugar santo, fez um último esforço para salvá-lo; e, apresentando-se-lhes repentinamente, de novo exortou os soldados a deterem a marcha da conflagração. O centurião Liberalis esforçou-se por impor obediência a seu estado maior; mas o próprio respeito para com o imperador cedeu lugar à furiosa animosidade contra os judeus, ao excitamento feroz da batalha, e à esperança insaciável do saque. Os soldados viam tudo em redor deles resplandecendo de ouro, que fulgurava deslumbrantemente à luz sinistra das chamas; supunham que incalculáveis tesouros estivessem acumulados no santuário. Um soldado, sem ser percebido, arrojou uma tocha acesa por entre os gonzos da porta: o edifício todo em um momento ficou em chamas. O denso fumo e o fogo obrigaram os oficiais a retirar-se, e o nobre edifício foi abandonado à sua sorte.

“Era um espetáculo pavoroso aos romanos; e que seria ele para os judeus? Todo o cimo da colina que dominava a cidade, chamejava como um vulcão. Um após outro caíram os edifícios, com tremendo fragor, e foram absorvidos pelo ígneo abismo. Os tetos de cedro assemelhavam-se a lençóis de fogo; os pináculos dourados resplandeciam como pontas de luz vermelha; as torres dos portais enviavam para cima altas colunas de chama e fumo. As colinas vizinhas se iluminavam; e grupos obscuros de pessoas foram vistas a observar com horrível ansiedade a marcha da destruição; os muros e pontos elevados da cidade alta ficaram repletos de rostos, alguns pálidos, com a agonia do desespero, outros com expressão irada, a ameaçar uma vingança inútil. As aclamações da soldadesca romana, enquanto corriam de uma para outra parte, e o gemido dos rebeldes que estavam perecendo nas chamas, misturavam-se com o rugido da conflagração e o rumor trovejante do madeiramento que caía. Os ecos das montanhas respondiam ou traziam de volta os gritos do povo nos pontos elevados; ao longo de todo o muro ressoavam alaridos e prantos; homens que estavam a expirar pela fome reuniam sua força restante para proferir um grito de angústia e desolação.

“O morticínio, do lado de dentro, era até mais terrível do que o espetáculo visto fora. Homens e mulheres, velhos e moços, rebeldes e sacerdotes, os que combatiam e os que imploravam misericórdia, eram retalhados em indiscriminada carnificina. O número de mortos excedeu ao dos matadores. Os legionários tiveram de trepar sobre os montes de cadáveres para prosseguir na obra de extermínio.” – História dos Judeus, de Milman, livro 16.